:15:03
	Ide-vos lá, e de olhos clareados
:15:05
	comparai o rosto dela
com outros que vos apontarei,
:15:08
	e lograrei que o vosso
cisne num corvo vos faça pensar.
:15:11
	Irei, não p'ra tal presenciar,
:15:13
	antes p'ra meu próprio esplendor.
:15:18
	SOLAR DOS CAPULETOS
:15:21
	Julieta!
:15:27
	Julieta!
:15:29
	Julieta!
:15:31
	Julieta!
:15:41
	Ama!
:15:42
	Ama, a minha filha onde está?
Chamai-a, que a quero ver.
:15:44
	Chamei-a, que venha. Deus me perdoe!
:15:48
	Julieta!
:15:54
	Julieta!
:15:56
	Julieta!
:16:00
	Julieta!
:16:03
	Aqui estou. Que mandais?
:16:08
	Deixai-nos, Ama, por um pouco.
Hemos de conversar, em segredo.
:16:13
	Ama, voltai aqui!
Algo me ocorre, enfim.
:16:16
	Escutai nosso conselho.
:16:18
	Ama, minha filha
conheceis de tenra idade.
:16:22
	Fostes o bebé mais
lindo de todos que cuidei.
:16:24
	De minha conta, vossa mãe fui,
e muito, por todos estes anos.
:16:29
	Donzela sois, agora.
:16:31
	Assim, em suma!
:16:34
	Pretende-vos p'ra seu
amor o valoroso Paris.
:16:37
	E que homem, jovem senhora!
:16:39
	Um homem tal como todo o mundo.
De facto, é ele um homem de cera!
:16:43
	Não tem o verão de
Verona semelhante flor...
:16:45
	Certo, uma flor. Em fé, uma vera flor...
:16:47
	Ama!
:16:48
	Hoje à noite o vereis, na nossa festa.
:16:50
	Lede o tomo do rosto do
jovem Paris e lá achareis deleite escrito
:16:54
	com pena de beleza feita.
:16:55
	A este... precioso
livro de amor, a este amor infindo,
:16:59
	para o embelezar falta uma capa, apenas.