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Se vos vêem, vos matam.
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Tenho a capa da noite
p'ra de seus olhos me esconder.
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Tão só que vós me ameis,
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e deixai que me encontrem aqui.
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Melhor seria por seu ódio minha vida
terminada que morte prorrogada,
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carente de vosso amor.
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Sabeis que a máscara
da noite meu rosto oculta;
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ou o vermelho de pudor
virginal cingiria a minha face
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por aquilo que me
tereis ouvido falar, esta noite.
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De bom grado alteraria a forma,
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resignada, disposta a negar o que falei.
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Mas... adeus cumprimento.
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Amor me tendes?
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Sei que direis que "Sim",
e em vossa palavra hei-de crer.
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Porém, se o houvesses de jurar,
porventura falso vos provaríeis.
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Oh gentil Romeu, se me amais,
pronunciai-o em plena fé.
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Dama minha, por essa
Lua abençoada eu juro,
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que de prata adorna o
topo de tod' estas árvores...
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Oh, não jureis pela Lua,
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a inconstante Lua que de mês-a-mês
muda em su' órbita circulada,
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não haja o amor vosso de
provar-se assim variável.
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Por que hei-de jurar, então?