1:20:00
	Não se sente orgulhosa?
1:20:02
	Não se sente abençoada,
sem mérito como ela é,
1:20:05
	por termos nós logrado que tão
meritório cavalheiro seu noivo seja?
1:20:09
	Não orgulhosa de tal haver,
mas grata de o terdes logrado.
1:20:12
	Orgulhosa nunca poderei
sentir-me do que odeio!
1:20:15
	Poupai-me a vossa gratidão,
nem d'orgulhos quero ouvir!
1:20:18
	Mas preparai-vos a primor
para a Quinta-feira próxima!
1:20:21
	Escutai-me com paciência uma só palavra
falar!
1:20:23
	Não!
1:20:24
	Que vergonha! Chega!
1:20:26
	Calai-vos! Não me respondeis!
Não me retorquis!
1:20:28
	Esposo, estais louco?
1:20:32
	À forca, jovem rameira!
Desobediente desgraçada!
1:20:36
	Que Deus no Céu a abençoe! A vós a
censura, meu amo, por apodá-la assim!
1:20:39
	Silêncio, murmurante idiota!
1:20:41
	Eu vos direi o quê.
1:20:43
	Ide-vos à igreja, Quinta-feira,
1:20:45
	ou deixai p'ra sempre de me olhar na cara!
1:20:47
	Sê minha, e dar-te-ei a meu amigo.
1:20:50
	Não o sejas, e à forca, a pedir esmola,
1:20:53
	a morrer na rua!
1:20:55
	Confiai nisso. Ponderai nisso.
1:20:57
	A minha palavra não será traída!
1:21:10
	Oh minha doce mãe, não me atireis fora!
1:21:15
	Adiai este casamento
por um mês, uma semana.
1:21:18
	Ou, se o não fizerdes,
1:21:20
	que cama de noivado se faça nesse
sombrio monumento onde Tebaldo jaz.
1:21:25
	Não faleis para mim....
1:21:29
	que eu não direi uma única palavra.
1:21:32
	Faze como quiserdes,
que eu acabei convosco.
1:21:45
	Oh, Deus meu!
1:21:47
	Oh Ama, como há-de evitar-se isto?
1:21:51
	Que dizeis vós? Não tendes uma palavra
d'alegria? Algum conforto, Ama!
1:21:57
	Fé, aqui o tendes.