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Tens de largar esse tamborim.
- Não fiz nada de errado.
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Hei! Ninguém vem-me buscar?
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Não sei do que estás a falar.
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É isso mesmo, meu amigo jovem.
- Não percebo.
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Já terminei.
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O Morris é muito bom
com filosofias e essas coisas.
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É por isso que ele e eu estamos
a fazer as letras do nosso grupo.
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Eu componho os sons,
ou melodias, como as chamamos...
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O Morris é as letras.
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Não é como o Gary Brooker
do Procol Harum.
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Nunca tocamos músicas que vocês
escreveram. Ainda não ouvi nenhuma.
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Só falam.
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Nem tocamos músicas
com palavras.
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Não temos uma merda de microfone!
Não temos colunas!
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Escrevemos uma ontem à noite
ao lado do mini-mercado.
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O Morris entitulou-a de, "O Stuart Conduz
um Carro Confortável."
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Depois, como em canções "country",
em parêntesis diz...
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"Normalmente há alguém no porta-bagagens."
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Depois inventei o som,
só batendo.
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Não queiras questionar um génio, Vaughan.
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O Morris é um poeta dos dias modernos.
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Tipo aqueles de antigamente.
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Sim, tenho um novo som. Esta
composição entitula-se de, "O Arrepio."
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É mais ou menos assim:
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Fico na falésia,
não por um arrepio...
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... mas por um respirar de morte fresca.
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Não se importem com o homem que contempla...
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... fugindo com matrículas.
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Ele fica sozinho todas as vezes...
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... cozendo os biscoitos de descontentamento...
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... ao lado do calor do aquecedor.