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É ela que faz uma relação
durar anos e anos.
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Como a heroína.
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A heroína tem cá
umas destas personalidades...
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O Swanney ensinou-nos
a adorar e a respeitar
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o National Health Service,
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visto ser a fonte
de muito do nosso cavalo.
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Roubávamos remédios, receitas,
comprávamo-las, vendíamo-las,
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trocávamo-las, falsificávamo-las,
fotocopiávamo-las.
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Ou trocávamos remédios
com doentes cancerosos,
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com alcoólicos, reformados,
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doentes com sida, epilépticos,
donas de casa entediadas.
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Tomávamos morfina, diamorfina,
cyclozina, codeína,
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temazepam, nitrazepam,
fenobarbital, amital sódico,
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dextropropoxifeno, metadona,
nalbufina, petidina, pentazocina,
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buprenorfina, dextromoramida,
clormetiazole;
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há por essas ruas tudo o que há
para a tristeza ou para a dor,
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e nós tomámos tudo.
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Até vitamina C tínhamos injectado,
se ela fosse ilegal.
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Desculpe, posso usar
os seus lavabos?
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Vá, põe-te na alheta.
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Mas tanta felicidade
não podia durar...