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e encontrando-se já mergulhados
num sono virtuoso,
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os selvagens libertaram-se
das suas argolas,
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avançaram furtivamente para o convés
como criaturas de rapina,
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e atacaram a tripulação
com estes sabres e catanas.
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Não tenho palavras
para ilustrar a desumanidade...
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Já percebeste quem ele é?
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Uma espécie de conselheiro.
Talvez deles.
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Desmembraram o cozinheiro,
um crioulo.
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Talvez seja o deles.
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Não fora a coragem
dos colonizadores Ruiz e Montes,
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que governaram o Amistad
até à costa,
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sob ameaça constante
de terem igual destino,
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talvez nunca chegássemos a ter
conhecimento deste massacre.
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Não fora a sua coragem,
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estes criminosos
teriam escapado à justiça.
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Mas não escaparam.
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E o Apanhador de Esterco?
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Tenho a desagradável impressão
que ele nos representa.
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Sabem qual é a diferença
entre uma vaca e uma couve?
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Entre um tijolo e um urso?
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Ou entre um furão e um presidente?
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O governo espanhol espera
que não e eu digo-vos porquê.
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Este processo não tem por base
mortes, mutilações, massacres.
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Nada de tão dramático!
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A base deste processo é conhecer
a diferença entre aqui e acolá.
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Quero mostrar-vos uma coisa.