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Uma literatura de protesto.
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Um romance de idéias.
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Uma revista pornográfica,
mas com dimensões enormes.
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É o que eu quiser que seja.
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E, quando estiver terminado,
fará um rombo gigante...
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na idéia que o mundo
faz de si próprio.
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Estão a atirar garrafas
à sua casa.
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Vamos lá, partir os braços deles.
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Não!
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Não quero problemas.
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Uma vez, não lembro onde eu estava,
América Central, talvez...
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um lugar muito quente, eu arranjei
um emprego idiota. Mal pago.
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Local perigoso. A água era tão má,
que os nativos nem mijavam nela.
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Um gang de bêbados, contratados
pelos traficantes locais...
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apareceu no meu quarto de hotel,
a ameaçar tirar-me os membros.
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E eu disse:
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"Escutem, "hombres"...
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Certo. Somos 4 contra 1.
Vocês vão-me matar...
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e ninguém vai dar pela minha falta.
Mas um de vocês...
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um...
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um de vocês terá
o olho arrancado."
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Ponto final.
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Silêncio.
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Eu repeti.
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"Um entre vocês, pobretões,
vai ter o seu olho arrancado.
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Eu juro. Pode até não
ser grande coisa...
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mas eu vou fazer isso.
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Porque é a única coisa que
me resta fazer neste mundo.