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Eu não sou responsável pelo Danny.
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Que espera que eu faça?
Hei-de sentir-me culpado?
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Eu não quero que faças nada.
Preciso saber o que tu sentes.
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Pensa que eu o quero aqui?
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Não sei. Não sei o que sinto. Estou. . .
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Sinto-me um tanto confuso.
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Não sei. Há certas coisas
que deixaram de fazer sentido.
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Isso acontece.
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Ouve, tu és demasiado inteligente
para ires andando
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a fingir que não vês as lacunas
dessas ideias.
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Eu disse que estava confuso,
não disse que não acreditava nelas.
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Por isso tens de ser receptivo.
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Neste momento, a ira consome-te.
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A ira afecta-te a inteligência
que Deus te deu.
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Tem falado no que eu sinto
desde o tempo do liceu.
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Como sabe tanto
sobre o que se passa dentro de mim?
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Sei como eu era.
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Sei o que é sentir ira.
Sei o que é estar onde tu estás.
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Que sabe do sítio onde eu estou?
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Houve um período na minha vida
em que eu culpava tudo e todos
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pelo meu sofrimento
e pelas coisas más que me aconteciam
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e que eu via acontecer
aos da minha raça.
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Culpava toda a gente.
Os brancos. A sociedade. Deus.
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Não obtinha resposta
porque fazia as perguntas erradas.
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- Tens de fazer as perguntas certas.
- Por exemplo?
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Alguma coisa que fizeste
tornou a tua vida melhor?
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Tem que me ajudar.
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Ajude-me.
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Tire-me daqui, sim?