Fear and Loathing in Las Vegas
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:49:00
Não há outra alternativa.
:49:02
Eu não me atrevo a ir dormir
contigo cheio de ácido por aí

:49:05
a quereres fazer-me em postas
com esse facalhão.

:49:09
Quem falou em fazer-te
em postas?

:49:13
Eu só queria desenhar um “Z”
na tua testa.

:49:18
Volta para a banheira.
:49:20
Mete uns vermelhos
e tenta acalmar-te.

:49:23
Fuma umas ganzas, chuta-te.
:49:25
Faz o que quiseres,
:49:27
mas, por favor,
deixa-me descansar!

:49:30
Por favor.
Levanta-te, meu reles cabrão!

:49:35
De pé! De pé!
:49:38
Bem... eu...
:49:44
Tens de ir trabalhar.
:49:46
Mas que grande chatice!
:49:49
Meu advogado vigarista!
Eu sou doutor de jornalismo, pá.

:49:55
Não fiques a pé
por minha causa.

:49:57
Não fiques a pé
por minha causa.

:50:00
Nunca lavas as cuecas?
:50:02
Lava-me essas cuecas, raios!
Como um rapaz crescidinho.

:50:11
O ácido entrara-lhe em grande.
:50:13
A fase seguinte devia ser a dos
intensos pesadelos introspectivos.

:50:18
Quatro horas de desespero
catatónico

:50:22
e de drogas.
:50:31
Ignora aquele pesadelo
na casa de banho.

:50:35
É apenas mais um refugiado
da “Love Generation”.

:50:39
O meu advogado nunca
conseguira aceitar a ideia,

:50:42
adoptada por antigos
consumidores de droga,

:50:44
de que é possível curtir mais
sem drogas do que com elas.

:50:47
E eu também não.

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