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	Estranhas recordações
as desta noite em Las Vegas.
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	Já se passaram 5 anos?
:53:13
	Seis?
:53:16
	Parece ter sido
há uma eternidade.
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	É o género de tripanço
que nunca mais se repete.
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	São Francisco em meados
da década de 60.
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	Foi um contexto espacio-temporal
absolutamente ímpar.
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	Mas não há explicação,
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	mistura de palavras, música
e recordações
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	que aflorem o sentimento
de ter habitado, e bem vivo,
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	aquele canto do tempo
e do mundo.
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	Fosse lá o que fosse.
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	Havia loucura em todas
as direcções,
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	a todas as horas.
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	Podíamos acender charros
em todo o lado.
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	Havia um fantástico sentimento
universal de estarmos a agir bem,
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	de estarmos a ganhar.
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	E penso que isso era a forma
de lidar com um sentimento
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	de inevitável vitória sobre
as antiquadas forças do mal,
:54:13
	não num sentido militar
ou mesquinho.
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	Não precisávamos disso.
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	A nossa energia triunfaria,
simplesmente.
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	Tínhamos todo o ímpeto...
:54:23
	Estávamos na crista de uma alta
e belíssima onda.
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	Por isso agora,
:54:30
	menos de 5 anos depois,
:54:33
	podemos subir a uma colina
de Las Vegas e olhar para oeste
:54:36
	e, com olhos de quem
quer ver,
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	quase podemos vislumbrar
a alta linha de água.
:54:42
	O sítio onde a onda finalmente
rebentou antes de recuar de novo.