Fear and Loathing in Las Vegas
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Não vás na conversa
desta gajada,

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e se tiveres algum problema,
lembra-te,

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podes sempre enviar um telegrama
às pessoas certas.

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A explicar a minha posição. Um idiota
até escreveu um poema sobre isso.

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É um bom conselho quando
se tem merda nos miolos.

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Lá vai ele.
Um dos protótipos de Deus.

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Um mutante cheio de estilo nunca
pensado para produção em massa.

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Estranho de mais para estar vivo
e raro de mais para morrer.

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Estamos todos metidos numa
viagem de sobrevivência.

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Acabou-se o “speed”
que alimentou os anos 60.

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Foi esse o fatal senão
da viagem do Tim Leary.

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Ele andou América fora a vender
a expansão de consciência,

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sem pensar na realidade
de assustadoras manápulas

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que esperava quem o levasse
a sério.

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Todos aqueles patéticos
tarados por ácido

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que pensavam poder comprar paz
e entendimento a 3 dólares...

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Mas a perda e o falhanço deles
são nossos também.

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Leary levou consigo a ilusão
de um estilo de vida

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que ajudou a criar.
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Uma geração de estropiados
sem remissão,

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de exploradores falhados
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que nunca compreenderam a velha
falácia mística da cultura do ácido:

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A suposição desesperada
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de que alguém, ou pelo menos
alguma força,

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está a tomar conta da luz
situada ao fundo do túnel.


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