Shakespeare in Love
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:06:03
-E eu nada para o Rose.
-Sr. Henslowe.

:06:05
-Empresta-me 50 libras?
-Cinquenta?

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O Burbage ofereceu-me sociedade
no Grupo do Camareiro.

:06:09
Por 50 libras,
acabam-se os meus dias de escravo.

:06:12
Corta-me o coração. Atira-me aos cães.
:06:16
Então, é não?
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Os teatros são servos do diabo!
:06:21
Os actores despertam luxúria nas vossas
mulheres e maldade nos vossos filhos!

:06:25
E o Rose cheira a ranço,
seja qual for o seu nome!

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Que a peste caia sobre as duas casas!
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Onde vais?
:06:36
À confissão semanal.
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BOTICÁRlO ALQUIMlSTA ASTRÓLOGO
:06:43
Palavras, palavras.
:06:46
Em tempos, tinha o dom.
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Transformava as palavras em amor,
como o oleiro faz potes.

:06:52
Amor que derrota impérios.
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Amor que une dois corações,
aconteça o que acontecer.

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Por seis pence a deixa,
fazia uma revolução num convento.

:07:01
-Mas agora...
-Mas dizes que te deitas com mulheres.

:07:06
A Sue Preta, a Phoebe Gorda,
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a Roseline, costureira do Burbage,
a Afrodite, que se vende atrás...

:07:13
Sim, às vezes. E então?
:07:16
Perdi o dom.
:07:17
Vou ajudar-te.
:07:20
Conta-me, por palavras tuas.
:07:26
É como se a minha pena
estivesse quebrada,

:07:29
como se o órgão da minha imaginação
tivesse secado,

:07:33
como se a orgulhosa torre
do meu génio tivesse ruido.

:07:37
-Curioso.
-Não me vem nada.

:07:39
Muito curioso.
:07:40
É como tentar arrombar uma fechadura
com um pano.

:07:45
Diz-me, tens falhado no acto do amor?
:07:52
Há quanto tempo não o fazes?
:07:55
Há muito tempo, mas ultimamente...
:07:58
Não, não. Tens mulher, filhos?

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