Shakespeare in Love
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:47:00
Não. O galo acordou-me.
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Foi o mocho. Vem para a cama.
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O Henslowe que espere.
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O Sr. Henslowe?
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Ele que espere pelo texto.
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Não, não.
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Temos tempo! Ainda é noite.
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-É dia. É o galo que o diz.
-Era o mocho.

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Acredita, amor, era o mocho.
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Deixarias os actores sem uma cena
para lerem hoje?

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Senhora?
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A casa acordou. É um novo dia.
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É um novo mundo.
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Bom peregrino,
sois muito injusto com vossa mão,

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pois que ela mostra respeitosa devoção.
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Até as santas têm mãos
que as mãos dos peregrinos tocam,

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e palma com palma castamente se beijam.
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Não têm as santas lábios,
e castas mãos também?

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Sim, peregrino.
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Lábios que apenas devem usar para orar.
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Deixa então que os lábios
façam o que fazem as mãos.

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Elas oram.
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Aceita sua súplica,
ou minha fé tornar-se-á desespero.

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As santas não se movem,
embora atendam súplicas.

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És tu.
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Malditos!
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Então não vos movais,
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quando recolho o fruto de minha prece.
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Assim, vossos lábios purificam os meus.
:48:32
Assim passou para meus lábios
o pecado dos vossos.

:48:35
Pecado de meus lábios? Oh, doce culpa.
Devolvei-me meu pecado.

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Sim, sim ! Está quase.
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É mais... eu faço.
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Assim passou para meus lábios
o pecado dos vossos.

:48:47
Pecado de meus lábios? Oh, doce culpa.
Devolvei-me meu pecado.

:48:57
-Sabes como beijar.
-Bem, Will!


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