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Não apenas ser capaz
de andar de bicicleta,
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ou brincar com os outros miúdos,
ou sair com uma rapariga.
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Ser completo.
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Precisarem de mim como
eu precisava dos outros.
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E, a primeira vez que
me senti assim, foi contigo.
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Sei que tenho muito que aprender.
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Mas posso ver.
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E não quero que desistas de mim.
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Não vou desistir, Virgil.
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Em Atlanta, percebi como preciso de ti.
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E quero que venhas para casa comigo.
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Até à operação, há 5 semanas atrás,
o Virgil era uma pessoa táctil.
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Uma pessoa cujo vocabulário,
toda a sensibilidade,
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a própria imagem do mundo
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era baseada em termos
tácteis e não visuais.
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Mas agora, com a capacidade da visão,
totalmente concentrado no seu objectivo,
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Virgil tem uma nova capacidade
de entendimento
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das distâncias e das formas,
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das cores e das perspectivas.
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E embora com um longo caminho
de aprendizagem a percorrer,
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do ponto de vista clínico
ele tornou-se uma pessoa visual.
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Que foi?
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Queres que eu veja.
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Não tenho de olhar?
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Meu Deus...
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Está a meter-se contigo!
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Que foi?
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Que expressão é essa?
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Que expressão?
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Essa.
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Tens tantas expressões.
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Se calhar eram ciúmes.