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Então, faziamos loucuras,
só para ganhar algum dinheiro.
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Já sei onde arranjar trabalho. Vi no Painel.
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- Que tipo de trabalho ?
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Não sei... parece algo artístico.
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Vestir-se de Alice no País das Maravilhas?
Para um monte de crianças?
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Steve não era a pessoa certa
para aquele tipo de trabalho.
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- Talvez, numa vida passada...
eu tenha sido um poeta...
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ou um artista.
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- Talvez tu fales de vidas passadas
porque...
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Não sabes quem és.
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- De que estás a falar ?
Eu sei quem eu sou.
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- Não, não sabes.
Disseste...
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- Não quero falar sobre isso contigo.
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- Só quero ajudar.
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Nunca perdi o contacto com o Steve
quando ele desapareceu...
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mas ele andava em mundos diferente do meu.
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Como num Ashram na Índia.
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ou em Comunas no Oregon,
onde colhiam maçãs o dia todo.
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Era uma viagem para ele.
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tanto Interior como Exterior.
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Ele foi a sítios bem estranhos.
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- Viste a última Playmate ?
Miss Outubro ?
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- Meu, a de Agosto era bem melhor!
E que mamas!
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- Por favor! Bellmer!
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- Não tens cultura.
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- Ho! ho! Certo! Como se tu lesses Platão.
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- Só tu constróis móveis com "Playboys".
Por favor!
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- Dá para fazer uma cadeira!
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- Elas nem se mexem! Estão coladas!
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- Não chateies!
- Estão coladas!
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Até naquela época eu queria enganar o Bill Gates.
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Ele transformava tudo num jogo de Poker.