:14:01
Vendes sopa ou mijo de burra?
:14:07
Ali vem ele...
:14:15
Isto chega?
:14:16
Tentas enganar-me?
lsto não é dinheiro.
:14:19
Devolve-me o arroz,
ladrãozeco!
:14:21
Dás licença que examine isso?
- À vontade.
:14:26
Meu Deus, isto é uma pepita
de ouro puro, grande burra.
:14:31
Mas se preferes dinheiro
:14:32
eu pago-te o arroz
e fico com o ouro.
:14:36
Há cá algum cambista
que nos diga quanto vale isto?
:14:41
Sou só um monge, mas para mim,
três sacas de arroz pelo menos.
:14:46
Ou talvez mais ainda.
:14:48
Espera, aonde vais?
- E tu? Dá cá o meu ouro!
:14:51
Porquê tanta pressa? Não fujas,
mal acabámos de nos conhecer.
:14:55
Tens o arroz,
tudo acabou em bem...
:14:58
Vejo que és homem
de poucas falas.
:15:00
Nem penses agradecer,
o prazer foi todo meu.
:15:03
Eu é que te agradeço,
:15:05
fui apanhado naquela batalha
e vi o que fizeste ao samurai;
:15:09
onde aprendeste a lutar assim?
:15:12
Reparaste que somos seguidos?
:15:14
É o que ganhas
por mostrares a pepita.
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Esperam até adormecermos
para nos degolarem.
:15:20
Que dizes a mostrar-lhes
o depressa que sabemos correr?
:15:34
O monstro-demónio
era um javali gigantesco?
:15:38
Segui-lhe a pista pelos montes
:15:40
até onde os samurais atacavam
os aldeãos, mas depois...
:15:43
Perdeste-a; é assim avida.
Vês este lugar?
:15:46
Quando cá estive há anos,
era uma aldeiazinha simpática.
:15:50
Mas deve ter havido uma inundação,
um desabamento, um incêndio...
:15:55
A única certeza
é estarem todos mortos.
:15:58
Nos nossos dias vivemos
cercados por fantasmas em fúria.