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As crianças das fiações.
Foi como o doutor disse.
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Ele queria encher a casa
com os ruídos das crianças.
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Trouxe-as para aqui,
mas não as deixava partir.
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Nunca as deixaria partir.
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E eu encontrei os crânios delas,
tal como a Carolyn.
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Quem é a Carolyn?
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Matou quem, Eleanor?
Escuta, tem calma.
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Ele teve uma segunda mulher,
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mas não conseguiu esconder
o seu segredo.
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Nunca se consegue esconder
um segredo.
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A Carolyn descobriu
o que ele tinha feito.
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- E agora ele quer-me a mim.
- Quem?
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- E porquê?
- Ela está delirante.
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O que lhe está a acontecer?
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Está em estado de fuga.
Vamos levá-la para o sofá.
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- Tragam um cobertor.
- Queria encher a casa de crianças,
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mas transformou-se num monstro.
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Está tudo bem.
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A Carolyn mostrou-me na fotografia
onde é que as escondia.
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Elas estão lá todas fechadas.
Ele não as deixa partir.
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Escuta-me: isso não é verdade.
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Ele ainda aqui está.
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Hugh Crain ainda está na mansão.
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E se ela estiver certa?
E se ela estiver certa?!
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Theo, não ajuda nada falar sobre...
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- Parem, parem!
- E se ela estiver certa?!
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Escutem-me, todos vocês.
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Deixem-me explicar
o que está a acontecer.
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Estão a participar num estudo
sobre medo colectivo e histeria.
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Foi para isso
que nos trouxe para aqui?
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Para nos assustar?
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Sim.
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Estava à esperava que ela tivesse
um esgotamento para nos dizer?!
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Eu forneci-vos as pistas,
vocês é que criaram a história.
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Mas acabou-se.
Vou dar isto por terminado.
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- Nada disto é real.
- É real, sim.
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Eleanor, isto não é real!
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Tem de ir ver os ossos
que estão na lareira!
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Não é real!
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Eu vi a mulher dele
enforcada na estufa!
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Desculpa, desculpa.
Lamento ter-vos trazido aqui.