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... nem no meu coração.
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Só na minha mente...
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... e no meu espírito.
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"Um dia estendi a mão
a pedir ajuda.
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"Ela veio, mas logo murchou,
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"como ervas secas que o vento
leva, não deixando nada.
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"Agora, nada espero.
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"Não preciso de nada.
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"Nem futuro. Nem liberdade.
Nem justiça.
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"No fim, a prisão desaparecerá.
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"E acabar-se-á o Rubin...
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"... e o Carter.
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"Só ficará o Furacão...
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"... e depois dele...
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... nada mais."
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Que vamos nós fazer?
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Sobre quê?
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Sobre o Furacão.
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Pouco podemos fazer.
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Mas ele está inocente e preso
há 15 ou 16 anos. Não é justo.
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É o que o livro dele diz.
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- Dois júris condenaram-no.
- Dois júris brancos.
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Nem todos os brancos
são racistas.
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Nem todos os pretos
são assassinos.
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Só quero escrever-lhe a dizer
o quanto senti o livro dele.
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Caro...
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... senhor...
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... Furacão.
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Isto é muito estúpido.