1:09:00
Mas eu queria...
1:09:06
É tão repugnante.
1:09:17
Podemos desintegrar um corpo
em moléculas e examiná-lo.
1:09:23
Mas não conseguimos compreender
a essência da alma.
1:09:30
É tudo verdade?
1:09:34
Tu odeia-lo e ama-lo ao mesmo tempo.
Conheço bem esse sentimento.
1:09:39
Conheço-o há 50 anos.
1:09:45
Silêncio, por favor!
1:09:49
Os espécimes humanos que foram
preservados eram todos morituri.
1:09:52
Dois carcinomas, uma leucemia,
uma miocardite avançada.
1:09:56
Confesso que violei as regras
nos dois casos referidos.
1:09:59
Basta! Assassinaste seres humanos!
Colegas teus!
1:10:05
-Está para além...
-Violei as regras...
1:10:08
impostas pelo livro e aceito o castigo.
1:10:11
Meu caro, a Ordem estabelece uma forma
tradicional para a nossa pesquisa...
1:10:16
Para conversas hipócritas acerca
de experiências farmacêuticas proibidas?
1:10:20
Para conseguir dinheiro
da indústria farmacêutica?
1:10:23
A Ordem sempre rejeitou as leis e a moral,
em grande escala.
1:10:28
Estão a destruir tudo
com a vossa moral pequeno-burguesa!
1:10:34
Conheço as regras.
1:10:39
Estávamos a fazer investigação pura.
1:10:41
Não a vossa maldita medicina burguesa.
1:10:43
Que me importam as dores
de um reformado...
1:10:45
que vai a bater a bota daqui a dois anos?
1:10:48
Olhem para os nossos espécimes.
Aquilo é ciência!
1:10:51
É para a posteridade!
1:10:55
Como seu professor e Grão-Mestre,
assumo total responsabilidade.
1:10:59
Um homicídio cometido por ciúmes
não é um assunto interno da Ordem.