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Às vezes o do cantor da canção
obscena que ouvem na telefonia.
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Outras, o de autor
de um romance lúbrico.
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Outras, o do homem discreto
junto ao recreio da escola
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que pergunta aos vossos filhos
se pode brincar com eles.
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E outras, o de fabricante
de coisas doces ou bagatelas,
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pois que pode parecer
mais inofensivo, mais inocente,
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do que chocolate?
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Ainda chia...
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Tenho uma novidade que sei
que o Charlie vai adorar.
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Sou eu, vou-me embora.
- Não, não és tu...
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Onde te meteste? Estava ralada.
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Fiz-te uma pergunta!
- É como todos os outros sítios.
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Conta-me o que aconteceu.
- És uma auxiliar de Satã?
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Não é fácil ser-se diferente...
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Porque não podemos ir à igreja?
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Tu podes, se quiseres. Mas isso
não torna nada mais fácil.
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E não podias ter sapatos pretos,
como as outras mães?
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Saiu cá uma destas peças,
o nosso fidalgo...
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Não admira que a mulher ande
há meses a divertir-se na Itália.
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Armande, toda a aldeia
está contra mim.
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Que posso eu fazer?
- Faz-me uma festa.
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Na Quarta faço 70 anos;