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Fiz-te uma pergunta!
- É como todos os outros sítios.
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Conta-me o que aconteceu.
- És uma auxiliar de Satã?
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Não é fácil ser-se diferente...
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Porque não podemos ir à igreja?
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Tu podes, se quiseres. Mas isso
não torna nada mais fácil.
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E não podias ter sapatos pretos,
como as outras mães?
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Saiu cá uma destas peças,
o nosso fidalgo...
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Não admira que a mulher ande
há meses a divertir-se na Itália.
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Armande, toda a aldeia
está contra mim.
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Que posso eu fazer?
- Faz-me uma festa.
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Na Quarta faço 70 anos;
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mostremos aos estupores
que nós vamos, mas a dançar.
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Mas uma festa...
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Não está bem,
tem de admitir isso.
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Pode ser, mas fazes isto por mim
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e prometo que na manhã seguinte
entro de bom grado no Le Mortoir.
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Ninguém desta aldeia
vem a uma festa dada por mim.
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Não têm de saber quem a dá...
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Armande, ouça...
- Não, ouve tu.
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Eu preciso disto.
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Quando preciso de ajuda, peço-a.