:57:33
- Quieta! Aonde pensa que vai?
- O que lhe aconteceu?
:57:37
Querem matar-me
e a culpa é sua.
:57:39
- Não tive nada a ver com isso.
- Cabra mentirosa!
:57:42
Disse-lhes que eu tinha
o dinheiro e agora pira-se.
:57:45
- O que é que quer?
- Julga que vai sair assim?
:57:48
Eles estão lá em baixo
à espera para nos matar.
:57:50
- Está doido!
- Doido?
:57:53
Eles é que estão.
Sabe o que aconteceu ao engenheiro?
:57:56
Não aceitou as normas
da comunidade...
:57:58
- Não sei do que está a falar.
- A sua vida corre perigo.
:58:02
Vigiávamos o velho noite e dia.
:58:05
Todos os dias, durante anos.
:58:09
Como sabiam que tinha
o dinheiro em casa?
:58:12
A gente do banco veio entregar-lho
em sacos e nós vimos.
:58:16
- Os 500 milhões nunca de lá saíram.
- Não são 500, são 300.
:58:20
- Diziam que eram 500.
- São 300. Contei-os eu.
:58:25
Tanto faz.
:58:29
Antes tudo era um sonho,
algo que nos ajudava a viver:
:58:33
esperar a morte do velho
e dividir o seu dinheiro.
:58:36
Agora o dinheiro está aqui
e eles sabem-no.
:58:39
Há que procurar outra saída.
:58:41
- Vamos, suba.
- A mala primeiro.
:58:43
A ganância levar-nos-á ao Inferno.
Depressa, ajude-me.
:58:52
- Ajude-me!
- O elevador encravou de novo?
:58:55
Não lhe ligue! Ajude-me!
:58:58
Vai dizer ao Sr. Emilio
que o elevador parou.