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Não se aproximem.
Não se mexa, ouviu?
:59:04
- Só a queria ajudar.
- Vá para casa e meta-se na sua vida.
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Socorro, tirem-me daqui!
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Largue a mala, ou mato-a!
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- Não ouviu, sua estuporada?
- A culpa é sua, grande ladra!
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- A meter o nariz onde não devia!
- O que tem o senhor?
:59:24
Que fazes aqui?
Vai para o quarto!
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Está a esmagar-me!
Meu Deus, está a esmagar-me!
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- Não aguento mais!
- Vou chamar o Emilio.
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Dizer-lhe que está tudo tratado.
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Sim, diga-lhe que a mala é dele,
se me tirar daqui.
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Meu Deus, não pode ser!
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- Foi um acidente.
- Vamos, vá lá.
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Se gritas, corto-te o pescoço. Vá!
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Para dentro de casa!
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Nós...
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...não tivemos nada a ver com isto.
Foi coisa do Emilio.
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- O administrador?
- Sim. A ideia foi dele.
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O pobre do velho não gozava
o dinheiro, vivia na miséria.
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Nós só queríamos que não fosse
para o Estado.
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Que boa gente!
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Vamos. Ela deve estar no pátio.
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Cala-te!
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O Emilio percebe destas coisas,
é contabilista.
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Disse-nos que se ficássemos
unidos e tivéssemos paciência,
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poderíamos dividi-lo
sem prejudicar ninguém.
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- E vocês acreditaram?
- Nem todos.
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Alguns foram-se embora, os outros
assinaram um papel. Partes iguais.