:54:11
Tem estes selos?
:54:14
Onde os arranjaste?
:54:16
O meu avô deixou-mos,
antes de morrer. Morreu há meses.
:54:20
Deu-lhos um alemão
que conheceu num barco.
:54:23
Pagou sete pesos.
:54:24
- Sete?
- Sim.
:54:26
O meu primo sugeriu que
os vendêssemos a um coleccionista.
:54:30
- Está interessado?
- Não me pressiones.
:54:33
Como tem tão pouco tempo
e tanta coisa para tratar.
:54:37
Talvez queira comprá-los.
:54:40
- Seria uma sorte para todos.
- Voltem daqui a uma hora.
:54:45
Quero ver os selos.
Então, falaremos do dinheiro.
:54:48
- Ainda hoje?
- Claro.
:54:51
Não tenho muito tempo.
:54:53
lnfelizmente, tenho de deixar
a cidade amanhã de manhã.
:54:57
- Não sabias?
- Não.
:55:00
Assim é.
:55:02
Mas vou ter saudades
deste país, acredita.
:55:04
Nunca vi tanta predisposição
para os negócios como aqui.
:55:08
No meu quarto, ás quatro.
:55:15
Larga a merda do telemóvel de vez!
:55:27
Já te disse para não armares
esquemas aqui no hotel.
:55:29
- Tem calma. Nada aconteceu...
- Não te metas.
:55:31
- Estou a falar a sério.
- Que sabes tu, imbecil?
:55:35
Sabes como acabam
os sócios do meu irmão?
:55:36
Achas que o Marcos te vai dar
dinheiro a ganhar?
:55:39
- Não ponhas cá mais os pés.
- Vamos voltar.
:55:40
- E eu chamo a Polícia.
- Sim? O que lhe vais dizer?
:55:53
Desculpe...
:55:54
Lembra-se do ''Ballo del Matone''
da Rita Pavone?