:03:01
{i>Mas como começou tudo isto?{/i>
:03:04
{i>Eu estava em férias na Calábria,{/i>
{i>visitando mamãe. Tudo estava igual:{/i>
:03:08
{i>O sol, o mar,{/i>
{i>meu primo Vincenzo...{/i>
:03:10
{i>enfim, tudo como sempre.{/i>
:03:23
Tome.
:03:29
Este é bem grande.
:03:32
O que foi? Machucou?
:03:35
- É um rombo!
- Não foi nada, molhe.
:03:38
Como assim, "molhe"?
Mije em cima, então!
:03:41
- Ele se machucou.
- Muito bem.
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Ainda está doendo, mãe.
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Sente-se.
:03:54
Ponha a mão aqui.
:03:56
- Puta merda, está pelando!
- Não fale palavrão.
:03:59
Você podia trazer o menino
em vez de mandá-Io mais ao norte.
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Até o médico disse: Com aquela
bronquite, precisa tomar sol.
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Ele tem 15 anos, mãe.
Não posso trazê-Io à força.
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Ainda é um menino.
Precisa de alguém que cuide dele.
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E que lhe prepare um prato quente
quando chega da escola.
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Ele tem o prato quente,
a roupa lavada e passada.
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E o quarto arrumado também,
sem mexer um dedo.
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Não é preciso apenas isso
na vida, Luigi.
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Matteo não precisa de nada, mãe.
Esse é o problema dele.
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- Você foi visitar papai?
- Vou hoje à tarde.
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Desde que mataram a mãe dele...
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aquele menino está aqui todos
os domingos. Não falta nunca.
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- Quem é?
- O filho de Antonietta Franconeri.
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Aquela que levou tiros
no verão passado.
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O pai dele já estava na cadeia.
Puseram o menino num internato.
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Com padres.
:04:57
- Esse não era o sobrenome da vovó?
- Por isso estou contando.