:57:03
- Você não me disse o que ele fazia.
- O que eu deveria dizer?
:57:07
Ele vasculhava gavetas, grampeava
telefones, espionava sindicalistas.
:57:10
E daí? Essas coisas acontecem
em toda parte...
:57:14
e eu achei que não precisava
te explicar isso em detalhes.
:57:17
Fiz isso para defender nossos
interesses, que são os mesmos...
:57:20
das pessoas que trabalham para mim,
dos nossos acionistas.
:57:24
Agora, vamos ter de fazer
o nosso ato de contrição...
:57:27
diante desse zeloso
tutor das leis.
:57:30
Mas desta vez não vou
mandar você sozinho.
:57:47
- Eu já estava deitada. O que é?
- Preciso falar com você.
:57:50
Não estou sozinha. Sonia está aqui.
Vamos partir amanhã cedo.
:57:55
- Partir? Aonde você vai?
- Aonde mais? Esquiar.
:57:58
- Mas eu estou mal.
- O que aconteceu?
:58:01
Um rolo danado. Aquele babaca me
pôs no meio. Eu não sabia de nada.
:58:04
- De quem você está falando?
- Do meu sogro.
:58:06
- Não posso falar aqui, vamos entrar.
- Não.
:58:10
Eu não sabia de nada. Ele me usou
como uma marionete, entendeu?
:58:16
Marionete? Você não é tão ingênuo.
Sabia muito bem o que acontecia.
:58:21
- Você também quer me fazer sofrer?
- Não. Quero parar de sofrer.
:58:27
Boa noite, Luigi.