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O Coronel Childers não abriu fogo,
ele ripostou apenas.
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E esperou até que três
dos seus fuzileiros estivessem mortos
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e outro jazesse mortalmente ferido.
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Esperou até estar ele próprio
debaixo de fogo cerrado.
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Esperou até ver que a multidão
empunhava armas.
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Só então ele ordenou
aos seus homens que ripostassem.
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Ao abrigo das Regras de Empenhamento
um civil que empunha uma arma
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deixa de ser um civil
e o uso de força a matar é permitido
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com o objectivo de salvar vidas.
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Não é homicídio.
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É combate.
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O Coronel Childers é o único homem
vivo que pôde ver a multidão,
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mas a câmara no telhado
tinha o mesmo ponto de vista.
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A Acusação quer que acreditem
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que não há qualquer cassete
proveniente dessa câmara.
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Eu provei que essa cassete foi
entregue ao Departamento de Estado.
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Acreditam que a cassete se levantou
e saiu de lá pelo próprio pé?
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Não apresentando essa cassete
o Conselheiro da Segurança Nacional,
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o Sr. Sokal, trouxe a infâmia
a este tribunal!
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Sem aquela cassete não posso provar
que a multidão disparou primeiro
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e que o Cor. Childers está inocente,
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mas sem a cassete eles não conseguem
provar sem sombra de dúvida
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que ele é culpado!
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Aqui está a minha defesa.
Não tenho mais nada.
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32 anos de serviço militar
e de heroísmo como Fuzileiro dos EUA.
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Independentemente
do que aqui decidirem,
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a carreira militar do Coronel
está acabada.
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Não voltará a comandar
homens em combate.
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O Senhor Embaixador e a família
devem-lhe a vida
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e eu sei o que o Embaixador sente
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porque ele também me salvou a mim.
Hoje estou vivo por causa dele.
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O meu filho está sentado
nesta sala por causa dele.
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Estou vivo e tenho um filho
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devido ao heroísmo
do Coronel Childers.
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Pedir a este homem que arrisque
a vida pela sua pátria...
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Pedir a este homem que veja os seus
fuzileiros morrerem-lhe nos braços