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A 800 milhas de Cuba, a Marinha
vai mandá-los parar, vai abordá-los
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e qualquer barco que contenha
armas será forçado a regressar.
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Uma quarentena impede a chegada
demais mísseis a Cuba,
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mas não destrói os que já lá estão.
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Dá aos Soviéticos a oportunidade
de se retirarem sem uma guerra.
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Se se recusarem
a tirar os mísseis,
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mantemos a opção
de atacar e invadir.
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Um ataque surpresa vai contra
aquilo que a América representa.
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Não nos deixa espaço de manobra.
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E a inevitável resposta soviética
vai forçar-nos à guerra.
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JOHN MCCONE
DIRECTOR DA CIA
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Ainda há entre nós quem acredite
que devíamos optar pelos ataques.
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Com o bloqueio,
perdemos a surpresa estratégica
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e arriscamo-nos a que os Soviéticos
façam o primeiro ataque contra nós,
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se decidirem que têm de usar
os mísseis ou perdê-los.
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Quarentena... ou ataque aéreo.
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Existe uma terceira opção.
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ADLAI STEVENSON
EMBAIXADOR DOS EUA NA ONU
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Com ambas as opções corremos
o risco da guerra nuclear.
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Talvez um de nós nesta sala
tenha de fazer o papel de cobarde.
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Acho que posso ser eu.
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A terceira opção é fazer um acordo.
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Desistimos de Guantanamo
e dos nossos mísseis na Turquia
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para eles tirarem
os seus mísseis de lá.
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Utilizamos a via indirecta.
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Atribuímos a ideia ao U. Thant.
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U. Thant levanta a questão
nas Nações Unidas.
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Não creio que seja possível, Adlai.
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Ainda não tomei a decisão final.
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Vou pedir tempo de antena
às televisões para segunda à noite.
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Nessa altura,
anunciaremos a decisão.
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Ted, vai trabalhar nos discursos
para a quarentena e o ataque aéreo.
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Obrigado pelos vossos conselhos,
meus senhores.
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Ouviste o Adlai?
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Parece que ninguém aprendeu nada
com a Segunda Guerra Mundial.
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Alguém tinha de dizê-lo. Respeito-o
por arriscar-se a parecer conciliador.
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Tem de abandonar o cargo.