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Não tem nada, nada, nada...
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Neste mundo inteiro
que não faria por ti, querido
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Ando a noite inteira na chuva
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Senhor, tenho que ver
o meu amor de novo.
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Tenho que dizer
a esse homen que o amo.
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De novo, sim.
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Não és muçulmana pois não?
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Cobrir o cabelo, não usar maquilhagem
e vestir aqueles vestidos longos?
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Amor, por favor.
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Eras virgem?
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Virgem? Como é que...
O que tás a dizer?
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Bem, estavas tão mansinho,
perdido no sentimento.
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Não, não sou virgem.
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Mas poderia ser.
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Não estou a brincar.
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Tenho a certeza dessas coisas.
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Vês este rosto?
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Tens um rosto bonito
para uma mulher,
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mas já viste
alguém tão bonito como eu?
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Quem não quer estar comigo?
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Medes quanto?
Um metro e meio?
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És muito pequena para mim,
mas farei uma excepção.
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- Ah, sim, então obrigado.
- Por causa do teu espírito.
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- O meu espírito?
- Sim, miúda. És muito divertida.
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- Mas tens que te converter.
- Muçulmana?
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E como se faz isso?
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Balanço uma varinha mágica e,
shazam, viro muçulmana?
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Nunca estive com ninguém como tu.
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E, querido...
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Nunca mais terás ninguém
além de mim.
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- O quê?
- É isso mesmo.
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Quero casar com ela.