:02:00
Dá-me aquela garrafa.
:02:05
Dá-ma.
:02:10
Que se passa contigo?
:02:11
Não se passa nada.
Eu estou bem.
:02:14
- Deixa-me
- Deixar-te? Tu ligaste-me.
:02:16
Sim, há uma semana atrás.
:02:18
- Porque te envergonhas assim?
- Deixa-me, meu.
:02:20
O que fazes
a ti próprio?
:02:22
- Porque te envergonhas?
- Não tenho vergonha nenhuma.
:02:25
Não tenho nada de errado.
:02:27
Estou a viajar.
:02:29
O lá de cima falou comigo.
Eu ouvi a palavra.
:02:31
- Não ouviste nada.
- É?
:02:32
Eu sei quando o rei
vai voltar para o trono!
:02:34
- Sei de cor!
- O discurso é velho, Bundini.
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Precisas voltar o disco.
:02:43
Deus não te liga.
Não liga para mim.
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No fundo, não significamos nada.
Ele não é o nosso dono.
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Nós somos.
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E isso é tudo que Ele fez.
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Mas isso é bom.
Por isso somos livres.
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Ser livre não é fácil. Tem que encarar
a verdade e a verdade é dura...
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e aleija...
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é incontrolável...
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não se pode afastar.
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Sim...
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Eu... eu vendi o teu cinturão.
:03:22
Vendi-o a um barbeiro
da rua Lenox por 500 dólares.
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É o quanto te considerei.
Não pude evitar. Estava louco.
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Aquele cinturão dizia que és o
campeão mundial de peso-pesados...
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e eu agarrei os 500 dólares...
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e gastei-os em garrafas.
:03:40
Foi para te dizer isso
que liguei.
:03:49
Ouvi sobre o teu julgamento.
:03:54
O que vais fazer?