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Se querem continuar a ser DJs
da escola, em festas do liceu
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e na discoteca de um anormal,
por mim, tudo bem.
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Mas acho que conseguimos
coisa melhor.
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Vou investir tudo o que tenho nisto
porque acho que pode dar certo.
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Mudamo-nos para cá, fazemos turnos,
dormimos juntos.
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Pára lá com o discurso motivador.
Eu alinho, está bem?
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- Obrigado.
- O gajo é atinado, junta-te a nós.
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Está bem.
Marte precisa de um pouco de Vénus.
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Se eu cá dormir, arranjem mulheres
que tenham mais medo do que eu.
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- Por falar nisso...
- Não te metas com a minha irmã.
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- Vejam o que encontrei.
- Tia.
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- É o cão mais feioso que já vi.
- Conheço pessoas mais feias.
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- Vou dar-lhe o nome de Bones.
- Bones?
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Vamos trazer as coisas
de que precisamos.
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- Eu vou ao lado do condutor.
- Eu disse que ia primeiro.
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- O pai sabe disto, não sabe?
- Estás a gozar?
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- Patrick...
- Não há crise, garanto-te.
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- O que fazem com esse cão?
- E seu?
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- É seu?
- Não, raios!
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- Então que lhe importa?
- Ouve o que te digo, mata o cão.
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Matar o cão? Como queira.
Você precisa é de descansar.
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- Tia, mete-o lá atrás.
- Está bem aqui.
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- Não dêem de comer ao cão!
- Mas o que lhe deu?
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Há vazios que não podem preencher-se
e fomes que não podem ser saciadas.
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- E você devia largar o pó.
- Ele assim fica com mais fome.
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- Vamos, Cynthia.
- Aqui não gostam de cães, pois não?
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- Desculpe, precisa de ajuda?
- Não, obrigada.
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Deixe estar, nós ajudamos.
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Acabámos de nos mudar para cá,
somos vizinhos. Deixe-nos ajudar.
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- Mudaram-se para este quarteirão?
- Sim.
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Não é para viver,
mas para trabalhar. Eu sou DJ.
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Naquele edifício?
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Vai ser um espectáculo do caraças,
desculpe lá a minha linguagem.