:26:00
Ricas mamocas. Que idade tem ela?
Ela já... tu sabes?
:26:04
Ela é minha filha, Lupovich.
:26:07
- Sai da minha propriedade.
- Tua filha. Foi um prazer ver-te.
:26:11
Gordo dum raio. Filho da mãe.
:26:15
Já está. Roda.
:26:18
- Não sei o que vamos fazer com isto.
- Não é assim tão mau.
:26:22
É feio, mas é o nosso lar.
:26:36
- Sabes que isso dá azar?
- Esse prédio é que dá azar.
:26:40
- Porquê?
- Não sei, sempre se disse.
:26:43
Pelo menos,
é o que a minha mãe conta.
:26:46
E que mais conta a tua mãe?
:26:49
Nada de especial. Se te contasse,
ias achar que ela é louca.
:26:54
- Mas a minha mãe não é louca.
- Está bem. O que te conta ela?
:27:01
Nem acredito que te vou contar isto.
Diz que cada casa são duas casas.
:27:05
- Cada rua são duas ruas.
- Dois é um bom número.
:27:08
Existe uma cidade inteira,
um mundo...
:27:13
... mais ou menos paralelo ao nosso,
mais ou menos acima...
:27:18
... ou abaixo.
:27:21
A cidade dos mortos.
:27:23
Existe uma parede invisível,
uma estrutura que separa as coisas.
:27:28
- Ainda bem.
- Mas quando algo mau acontece...
:27:33
Quando algo muito mau acontece,
a parede desmorona-se.
:27:38
- Cai por terra.
- E os mortos ficam livres?
:27:42
- Ou os vivos caem lá dentro.
- E tu acreditas nela?
:27:46
Se acreditasse, achas que me
aproximava da tua porta?