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Bertr... François, Bertrand,
Bertrand, François.
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- Vamos tomar um copo?
- Não, fica para outra vez, está bem?
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- Merda, esqueci-me das compras.
- O quê?
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- Se quiseres, vou lá eu.
- Não, não é preciso!
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- Posso ver os livros?
- Sim, toma.
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Este é para a Michéle.
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- Leonard Cohen, fantástico.
- Albert, Albert.
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E isto é o quê?
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- É para mim? Obrigada.
- ''Meu Deus, leva-me pela mão...
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Que calhamaço! Não vou conseguir.
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O que é isto?
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É o diário de uma mulher morta
em Auschwitz durante a deportação.
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- Bem, que melancólico!
- Pára, o François é judeu!
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- Mas o que estás para aí a dizer?
- Judeu... E fixe.
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- És mesmo estúpido!
- Pára, o que é que lhe deu?
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- Queres ir ao cinema amanhã?
- Não, amanhã não posso.
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Mas eu ligo-te, está bem?
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Sabes, acho que se nos
conhecêssemos agora, podia resultar.
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Pois, assim não tinha de abortar.
- Eu levo os teus embrulhos...
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- Adeus.
- Adeus.
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- Adeus, desculpe.
- Não faz mal.
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Acho que a melancolia geral
nos toca a todos.
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- Eu também queria ser veterinário.
- lnscreve-te na faculdade,
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ainda deves ir a tempo!
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- Adeus!
- Este tipo é uma peça!
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Como pudeste apaixonar-te
por aquilo? Nem acredito!
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- Mas é por ali!
- O quê? Não é nada.
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Adeus.
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- Adeus. Mantemo-nos em contacto?
- Sim, com certeza.
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Eu era louca por ele.
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É incrível como se pode amar alguém
assim, e de um dia para o outro...
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... estamo-nos lixando.
- Porque disseste que eu era judeu?
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- Não és?
- Não sei... Talvez.
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''4 de Novembro: E eu, quem sou?''
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- ''Os judeus no lslão.''
- Olha a professora, pára.