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Quem sabe falar-me do Zionismo?
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Bem, Michéle.
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O Hasidismo?
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- O que estás a fazer? A desenhar?
- Estás maluca?
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- Estás a tomar notas?
- Sim, volta a pôr a cassete.
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- Vamos ver as tuas notas.
- Sabes que a minha letra é ilegível.
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Já fiz o aleph, o beth,
a parte oral, a escrita...
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Eu digo a oração em hebraico
e tu traduzes, está bem?
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Porque eu tenho dificuldade em...
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- Pára com isso, Michéle.
- É verdade, ás vezes não percebo bem.
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- Se isto é um truque, não gosto.
- Não é um truque!
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Então, vá lá.
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lsso é fácil: ''Escuta, lsrael!''
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- lsto não é um teste.
- Eu sei, é o título.
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''O Eterno é nosso Deus,
o Eterno é Um.''
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''Louvado seja o Seu glorioso reino
por todos os tempos.''
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- É isso?
- Decoraste?
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- Não, mas conheço a minha oração.
- Muito bem.
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''Amarás ao Eterno, teu Deus,
com todo o teu coração,
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''com toda a tua alma,
com a plenitude do teu ser...
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- Estás a fazer batota.
- Pára, Michéle!
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- Porra, estás a fazer batota.
- O que é isso?
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Tens a traducão mesmo á tua frente!
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- Nem sabia que ali estava!
- Deves achar que sou parva.
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Eu recomeço. ''Escuta, lsrael,
o Eterno é...'' Não tenho o papel!
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''O Eterno é nosso Deus, o Eterno...''
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- Agora esqueci-me!
- Tudo bem! Vamos fazer o seguinte:
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eu digo a oração em francês,
e tu dizes em hebraico, já que sabes!
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''Escuta, lsrael...''
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- Vá lá!
- Não sei...
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Tiraste-me a vontade.