:19:00
Como está? Sou Charles Wellington,
o 15º homem mais rico da América.
:19:04
Eu sei quem é.
:19:07
Importam-se de nos deixar a sós?
:19:12
- Posso ajudá-la com isso?
- Não preciso da sua ajuda.
:19:17
Há semanas que me evita,
mas agora vai ouvir-me.
:19:21
Trata-se da vida de pessoas.
:19:24
Pessoas doentes, pobres,
a quem o senhor não liga nenhuma.
:19:28
Elas vão ter grandes problemas
se fechar o hospital.
:19:33
Até depois. Vou arranjar-te
outro corpo. Boa sorte.
:19:37
Mas...
:19:39
Mas, nada! Somos o único
hospital público da zona
:19:43
e foi logo privatizá-lo e mandar
para a rua pessoas doentes e pobres.
:19:47
- Que homem é o senhor?
- Pelos vistos, sou um idiota.
:19:51
- Acha que isto é uma anedota?
- Não, não acho.
:19:55
Uma anedota é: uma prostituta e um
vendedor de automóveis... Esqueça.
:20:00
Sei que vai haver reunião
da administração na 2ª feira.
:20:04
- À porta fechada.
- Ainda bem que me diz. Vou apinocar-me.
:20:09
Ponha um ar sério,
porque eu vou lá estar,
:20:12
com todas as televisões e jornalistas
que conseguir levar.
:20:17
Fazemos uma festa. Levamos amigos,
uns comes, música,
:20:23
e vemos esta cena do hospital.
- A nossa conversa acabou. Adeus.
:20:28
Falo a sério! Não estou a brincar...
:20:33
Algum problema?
:20:36
Perdi a chave das algemas.
:20:40
A sua mãe não lhe disse para andar
sempre com uma de reserva?
:20:45
Estou a reinar consigo.
Vou procurar a chave.
:20:48
Não está aqui... nem aqui.
:20:53
Ei-la! Não, é uma barata.
:20:56
Cá está, encontrei-a!