:42:08
Diga-me uma coisa, Clarice,
gostaria de poder fazer mal...
:42:10
a quem a forçou
a considerar fazê-lo?
:42:12
É completamente aceitável admiti-lo.
:42:14
É completamente au naturel...
:42:17
querer provar o inimigo.
:42:33
É que é tão bom.
Diga-me, Clarice.
:42:35
Qual é a sua pior recordação
de infância?
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-Jesus Cristo, Starling!
- Posso ser-lhe útil, Sr. Krendler?
:42:40
O que faz aí sentada
no escuro?
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Penso em canibalismo.
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No Departamento de Justiça também.
Sabia?
:42:48
Estão a pensar, "O que estará ela
concretamente a fazer sobre o Lecter?"
:42:50
Não tem curiosidade em saber
porque é que janta as suas vítimas?
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Com que objectivo?
:42:54
Está a escrever um livro
ou anda à caça de um intrujão?
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Para mostrar o seu desprezo
por aqueles que o exasperam.
:43:01
Ou, por vezes, para desempenhar
um serviço público.
:43:04
No caso do flautista,
Benjamin Raspail...
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ele fê-lo para melhorar o som da
Orquestra Filarmónica de Baltimore...
:43:10
servindo o pâncreas do músico de flauta
de pouco talento ao conselho...
:43:13
acompanhado por um belo Montrachet
de 1 60 contos a garrafa.
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Essa refeição começou com ostras verdes
de Gironde...
:43:22
foi seguida pelo pâncreas,
um sorvete...
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e depois pode ler aqui
na revista Gourmet Cuisine.:
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"Um guisado muito escuro e brilhante,
com ingredientes nunca identificados."
:43:33
Sempre o tive
como maricas.
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Porque é que diz isso, Paul?
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Aquele lado meio artístico-delicado.
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Música de Câmara, bolinhos de chá.
Não me refiro a nível pessoal...
:43:43
até tenho muita compreensão
por esse tipo de pessoas.
:43:48
O que eu quero ter a certeza
que entenda, Starling...
:43:51
é que eu tenho que sentir cooperação.
:43:53
Aqui não há mundos à parte.
:43:55
Quero que me mande uma cópia
de todos os memorandos 302, percebe?
:43:59
Se colaborar comigo...