1:24:16
Que é que queres?
- Saber o que tens.
1:24:22
Estás obviamente irritada;
alguma coisa de que possamos falar?
1:24:27
Falar? Quem, nós?
1:24:30
E se alguém entra?
1:24:32
Nem nos reconhecia, ia pensar
ter-se enganado na casa.
1:24:37
Queres falar ou não?
- Ah, sobre o nosso filho morto?
1:24:42
Nunca falámos antes,
de que serviria agora?
1:24:48
Que posso fazer, Ruth?
1:24:50
Olha, esquece
e deixa-me em paz, sim?
1:24:55
Que queres tu de mim?
1:24:57
Quero que pares de agir como se
nada tivesse havido, eis o quê.
1:25:03
Isto é por eu não bater
contra as paredes?
1:25:05
Não, isso implicava sentimentos,
e queremos lá que tu te magoes.
1:25:10
Olha, se queres um concurso
de sofrimento, procura outro.
1:25:17
Bem sei como tu sofres...
Vai beber outra cerveja.
1:25:23
Que quer isso dizer?
1:25:25
Que sabes tu? Não sabes nada.
Sabes lá o que estou a passar.
1:25:32
É, não sei o que estás a passar
nem se passas por alguma coisa!
1:25:37
Mas é assim que tu queres.
1:25:40
Podes ter a certeza, prefiro
não andar a pôr a boca no mundo.
1:25:44
Já pensaste que pelo menos
um de nós tem de ser razoável?
1:25:48
Razoável?
1:25:49
Quanto a ti não sei mas
eu tenho saudades do meu filho.
1:25:55
Estimo que tenhas tempo
para a razão.
1:25:58
Transmitiste-o ao Frank,
esse sentimento da razão.