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Grande ideia.
Eles encontram tudo.
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É como nos filmes.
Dirigi-me para uma reserva.
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Queres que encoste o ouvido ao chão,
veja se ouço cascos,
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procure pegadas
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e ramos partidos?
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Estamos na era moderna.
Isso já não resulta.
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Foi por isso que tive de abrir
este quiosque de fogo-de-artifício.
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Não sobrevivia com o que ganhava
como batedor.
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Ora, devias ser bom
a encontrar coisas, pá!
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Preciso de encontrar os meus pais.
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E eu preciso de vender mais foguetes.
Também estou a ficar teso com isto.
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Vejo que tens serpentes e acendalhas,
mas onde está o material do bom?
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Material do bom? lsto é material
do bom. Serpentes e acendalhas.
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És maluco, meu? Precisas de coisas
que explodem, que façam barulho.
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-Que tem isso de bom?
-Bom...
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É o mesmo que perguntares
que tem de bom uma árvore.
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Que tem de bom o pôr-do-sol?
Que tem de bom um par de mamas?
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Foguetes. Enfiam-se em caixas
de correio, pela retrete abaixo
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e pelo rabo de um sapo acima.
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Jamais faria isso
porque vou ser veterinário.
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Aí tens...
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Enfiam um explosivo pelo rabo
de um sapo acima, rebentam com ele
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e tu tens de tratá-lo. Ganhas
a dobrar. É bom negócio.
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Não tens gatos pretos
nem velas romanas?
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Ora! Não tens balonas,
cometas nem bombinhas?
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Fulminantes, buscapés,
nem candelas?
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Não, não tenho.
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Tens a lata de dizer que tens
um quiosque de fogo-de-artifício
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e não tens espanta-coiós,
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arranca-rabos, limão-de-cheiro,
vulcões,
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cascatas, cabeça de negro
com ou sem rastilho,
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nem um único rebenta-dedos?
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Não.
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As serpentes e as acendalhas
são os únicos que gosto.