Moulin Rouge!
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Mas o centro do mundo boêmio...
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Músicos, pintores, escritores,
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eram conhecidos como
"os filhos da revolução".

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Sim. Tinha vindo para levar uma
existência sem dinheiro.

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Tinha vindo para escrever
sobre a verdade, a beleza, a liberdade,

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e no que acreditava, acima de tudo...
o amor.

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Sempre essa obcessão
ridícula pelo amor!

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Havia apenas um problema...
Eu nunca tinha amado.

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Por sorte, nesse preciso momento,
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um argentino inconsciente
caiu-me do tecto,

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a ele se vindo juntar, logo a seguir,
um anão vestido de freira.

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Como está?
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Chamo-me Henri Marie Raymond
Toulouse-Lautrec Monfa.

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- Como?!
- Peço imensa desculpa por isto.

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- Estávamos, lá em cima, a ensaiar.
- O quê?

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Uma peça. Algo de muito moderno
chamado "Espetacular Espetacular"

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- E a ação decorre na Suiça.
- Infelizmente, o argentino inconsciente...

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sofria de uma maleita
chamada narcolepsia.

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Impecável, e, de um momento
para o outro... inconsciente!

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Como é que ele está?
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Lindo. Era só o que faltava.
O argentino narcoléptico está inconsciente.

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Assim, não vamos conseguir apresentar,
amanhã, a peça terminada ao patrocinador.

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Ele tem razão, Toulouse.
Ainda tenho de acabar a música.

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- Arranja alguém para fazer o papel.
- Onde é que iremos desencantar alguém...

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para o papel de um pastor suiço,
jovem e sensível?

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Antes que me desse conta,
estava no andar de cima,

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a substituir o argentino inconsciente.
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As colinas animam-se
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Com a canção eufônica das sinfonias
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Oh, parem, parem!
Parem, parem, parem, parem!

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Parem-me com esse chinfrim insuportável.
Está-me a afogar as palavras.

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Não nos podemos ficar apenas
por um piano decorativo?

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Parecia haver incompatibilidades artísticas
entre os poemas de Audrey e as canções de Satie.

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Não me parece que uma freira
dissesse isso acerca de uma colina.

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E se ele cantasse "As colinas são vitais,
para afinar a canção"?

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- Não, não. As colinas tremem e abanam.
- Não, não, não, não. As colinas...

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As colinas encarnam
nos harmônicos sinfônicos!


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