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Carmen, Juni, para a cama.
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- Lavaste os dentes?
- Já Iavei.
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- Juni, não te esqueças de pôr...
- Não esqueço.
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Ora bem, verrugas.
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Preparem-se para o encontro
com o criador.
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- Está tudo bem na escoIa?
- Está.
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- Luzes apagadas.
- Primeiro, a história.
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- Que história queres ouvir?
- A dos espiões que se apaixonaram.
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Há um tempo que não conto essa.
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Deves Iembrar-te deIa
meIhor que eu.
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- Queres ouvir a história, Juni?
- Estou a ouvir.
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Era uma vez um homem
e uma muIher.
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Que eram espiões.
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EIa de um país, eIe de outro.
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EIa tinha uma missão
muito importante.
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- A missão deIa era eIe.
- Certo.
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- A missão deIa era cacá-Io.
- Para um encontro?
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- Não, caçá-Io...
- Queres dizer...
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- Não te devia contar isto.
- Vá, continua.
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Tens de compreender que eram
tempos sombrios e compIicados.
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Os países estavam em grandes
convuIsões uns com os outros.
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Pormedo,
criou-se um novo tipo de soldado.
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Soldados brilhantes e valentes, cuja
arma mais importante era a mente.
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Esses homens e mulheres...
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... eram espiões.