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Há 12 anos que não choro.
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Estás a olhar?
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Não olhes assim para mim.
Tornas as coisas piores.
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- Estás armada em Barbara Walters?
- É simplesmente lindo.
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Vamos falar de outra coisa.
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- De que queres falar?
- Qualquer coisa. Seja o que for.
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Da última vez que choraste,
foi porquê? Falemos disso.
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Pois, isso é muito animador.
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Ouvi dizer que teve a ver
com a mãe desse Leroy.
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Isso é um disparate.
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Se dissesse a alguém,
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que tinhas a tua mãe no frigorífico,
cortada aos bocados,
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também ficavas com reputação.
Verdade ou mentira, tanto faz.
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Santo Deus, Ted,
não sejas tão ingénuo.
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- O tipo é uma estrela.
- Santo Deus.
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Porque te ralas tanto
se achas que são tretas?
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Encontrei-me uma vez com o Leroy.
Durou dois segundos.
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Apertei-lhe a mão.
Pareceu-me bom tipo.
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Se faz jus à lenda ou não,
é irrelevante.
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Pode estar nu na garagem, ensopado
em gasolina e a acender fósforos.
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Eu quero lá saber.
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O que me preocupa
foi terem-no contratado.
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- Estás a perceber?
- Jerry, conheceste-o mesmo?
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Santo Deus.
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O Ted não vai deixar que te
aconteça algo, OK? Estou aqui.
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Obrigado, Ted
sinto-me seguro à brava.
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Não estou a brincar, "comprende"?
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- Arma, carregada. Bangue. Tu, morto.
- Tem algum defeito na fala?
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- Dá-me a arma. A pistola.
- A pistola?
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- Sabes do que estou a falar.
Vamos!
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- A pistola?
- Como te chamas?
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- Joe.
- Joe,
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faz o que ele diz,
e vamo-nos embora.
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- A pistola, por favor.
- OK.