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Grava.
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- O seu nome é Geronimo, não é?
- É a televisão, Tom Tom.
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Tenho umas perguntas a fazer-lhe
sobre o seu colega de quarto.
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Conhecia o Goldkiss há multo, não?
O mundo quer multo saber.
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Dá uma espreitadela.
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Tanto quanto sabe, ele não teve
qualquer contacto com o pai.
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Tem a certeza de que o pai dele
era o rico...
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O lzzy falava de modo instruído,
mas vivia como um vagabundo!
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A televisão acentua tudo.
Ele não devia fazer aqueles gestos.
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Acen... acentua.
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Parece que ele tem formigas
nas calças.
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- Desculpe.
- O que está portrás...
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...deste negro, escuro...
Mas o que é isto, afinal?
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É alcatrão.
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- São pinturas de alcatrão.
- Alcatrão?
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Ouviste o que ela disse?
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O pai do lzzy é um bilionário,
rei da comunicação social. Um rei?
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É assim que as coisas são.
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Isto é sobre as vidas,
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as culturas, os momentos que
estão enterrados no pavimento,
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perdidos para sempre.
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Como o lzzy.
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Foram as palavras de Geronimo
sobre o californiano
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que rejeltou os privilégios
paternos
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para passar para a tela
as almas perdidas do gueto.
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- Eles são meus!
- Os teus quadros estão na televisão!
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E como tantos artistas de nomeada
morreu sem vender um único quadro.
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Deus é branco!
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- Deus é branco!
- Ele sô pode ser branco.
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Achas que Ele se preocupa
com os índios?
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Primeiro as cavalarias, depois
as reservas, agora os quadros.
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Os meus quadros!
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Pintei-os eu. Chega aqui.
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Porque é que estás zangado?
O lzzy sô...
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O lzzy sô está morto,
tu estás a aparecer na televisão.
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Televisão.
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Não te preocupa poder ser eu
o assassino daquele estafermo
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e tu seres a prôxima vítima?
- Nem por isso.