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Na rua.
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Que fazes na rua?
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Não tenho para onde ir.
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Não podias vir para
a minha casa?
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-A tua mãe não me deixa ficar.
-Ela não precisa de saber.
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Trabalha de dia, dorme de noite.
Há tanta gente em casa...
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...que nem repara em ti.
Podes ficar aqui.
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-Tens alguma coisa no frigorífico?
-Tenho.
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-Tens fome?
-Tenho.
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-Tens fome?
-Tenho. Pára de brincar.
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Cheiras como se tivesses
estado na rua.
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Tem calma!
Ninguém te rouba a comida.
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Lembras-te quando a Sra. Tate
apanhou-te a usar a loção dela?
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Fez-te usar óleo de cozinha.
E depois cheiravas a fritos.
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E eu disse: "Tenho muita fome!"
Foi divertido. Parti-me a rir.
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Não foi tão engraçado como a
tua mãe atrás de ti com um tijolo.
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Lembras-te?
Isso é que foi divertido.
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Não achei piada.
Ainda tenho um "galo" na cabeça.
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-Sabes que és o meu melhor amigo.
-Que queres?
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Não posso estar contente por
estares no meu bairro?
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Quero que me faças um favor.
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-Toma conta de mim.
-Andam atrás de ti?
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Porque andarão atrás de mim?
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Só quero que olhes por mim.
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-És o meu melhor amigo, não és?
-Sou. Deixa de ser chato!
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Anda tomar banho e depois
vamos sair.
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Eu gostava da Brenda.
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Essa Brenda que gostavas, agora
está gorda e tem três filhos.
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Inchou toda. Está enorme.
Já não é a mesma Brenda.
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Como está a tua mãe?
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Meu Deus, está outra vez
pedrada.
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Escolhe alguma coisa.
Eu pago.