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"Não sou um escravo...
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de um Deus que não existe".
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Parecia não haver senão uma explicação
para o massacre de Columbine:
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Era o facto de os assassinos
ouvirem Marilyn Manson.
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Dois anos após Columbine,
Manson voltou a Denver.
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A Ozzfest vai trazer amanhã o chocante
roqueiro Manson, a Denver.
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Houve manifestações de protesto da
direita religiosa.
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Mas eu achei que devia ir falar
com ele pessoalmente.
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Desde miúdo que a música sempre
foi para mim um refúgio.
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É como eu penso.
Não te faz críticas. Quando pões um disco
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ele não te chateia o juízo porque
estás vestido de uma maneira esquisita.
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E faz-te sentir melhor com as tuas escolhas.
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Alguns perguntam-me em jeito de provocação,
se de facto acreditamos que aqueles
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que vão a um concerto do Manson, cometerão
no dia seguinte actos violentos.
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A resposta é: Não!
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Mas será que todos os que veêm uma publicidade
aos automóveis Lexus vão comprar um?
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Não!
Mas alguns, sim!
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Eu até compreendo porque é que
eles me escolheram.
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Porque é fácil apontar
a minha cara na televisão,
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porque, afinal, eu sou
uma personificação do medo.
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Porque represento aquilo de que todos têm medo,
porque eu faço e digo o que quero.
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Marilyn Manson pode entrar na nossa cidade
e promover o ódio, a violência,
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o suicídio, a morte, a droga
e comportamentos como os de Columbine?
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Não! Sem oposição,
não podes!
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Os dois sub-produtos
desta tragédia foram...
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a violência nos espectáculos
e o controle de armas.
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E calha bem que sejam esses dois temas a estar
em ribalta com as eleições presidenciais já próximas
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De um só golpe, esquece-se
o caso Monica Lewinsky
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e que o presidente está a bombardear
outros paises além-mar.
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Mas eu sou o mauzão,
porque canto canções de sexo e de rock'n roll.
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Quem terá mais influência?
O presidente ou Marilyn Manson?
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Eu preferia que fosse eu,
mas é o presidente.
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Tu sabias que no dia em que aconteceu
aquilo em Columbine, os EUA