1:08:01
e que ele não devia sentir
o que sente.
1:08:05
Muito em breve,
ele não vai contar a ninguém,
1:08:07
vai lidar com o assunto
à maneira dele.
1:08:13
És a perita residente?
1:08:16
Desculpa...
1:08:17
Não.
É que tens razão...
1:08:21
E eu não sei.
1:08:23
Não sei por que...
1:08:26
A culpa não é tua.
1:08:28
Acredita em mim, é o bordado
no próprio tecido da sociedade.
1:08:32
Pronto,
por exemplo...
1:08:33
A Alice no País das Maravilhas,
o nosso folclore mais popular
1:08:36
é baseado numa tripde ácido.
A peste bubónica, contos de fadas,
1:08:41
crianças que comem bruxas
e macãs envenenadas...
1:08:43
Isto é, até embalar um bebé
acaba com o bebé a cair no chão.
1:08:47
Já para não falar da oração
que devemos dizer
1:08:50
antes de nos deitarmos:
"Se morrer antes de acordar..."
1:08:53
Não, isso não é nada
reconfortante.
1:08:56
Tínhamos uma na nossa família
que resultava muito melhor:
1:08:59
Era assim: "Querido Deus, por favor,
protege-nos dos monstros
1:09:03
e dos fantasmas e das coisas
que batem à noite."
1:09:06
Essa é baril!