Fear of the Dark
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1:07:00
Eu escutei tudo.
Desculpa.

1:07:03
Bem...
não faz mal.

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Então, achas que esta família
é estranha com as palavras?

1:07:11
Tens um rapazinho que quer acreditar
muito no mundo à volta dele...

1:07:15
E um irmão mais velho que
faria tudo por esse rapazinho...

1:07:18
inclusive envergonhá-Io à frente
de uma rapariga...

1:07:21
- Podia ter feito isso...
- Não.

1:07:28
Mas a sério... vi umas coisas
esta noite, isto é...

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Não apenas os ruídos e os estalidos
habituais da casa.

1:07:39
Não foi normal o que eu vi
esta noite.

1:07:42
É um bocado difícil
de explicar.

1:07:45
Aquele miúdo quer apenas
ser normal.

1:07:50
Pensa lá... ele vê coisas
e todos lhe dizem que ele não é...

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Sempre que ele conta a alguém,
dizem que está errado

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e que ele não devia sentir
o que sente.

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Muito em breve,
ele não vai contar a ninguém,

1:08:07
vai lidar com o assunto
à maneira dele.

1:08:13
És a perita residente?
1:08:16
Desculpa...
1:08:17
Não.
É que tens razão...

1:08:21
E eu não sei.
1:08:23
Não sei por que...
1:08:26
A culpa não é tua.
1:08:28
Acredita em mim, é o bordado
no próprio tecido da sociedade.

1:08:32
Pronto,
por exemplo...

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A Alice no País das Maravilhas,
o nosso folclore mais popular

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é baseado numa tripde ácido.
A peste bubónica, contos de fadas,

1:08:41
crianças que comem bruxas
e macãs envenenadas...

1:08:43
Isto é, até embalar um bebé
acaba com o bebé a cair no chão.

1:08:47
Já para não falar da oração
que devemos dizer

1:08:50
antes de nos deitarmos:
"Se morrer antes de acordar..."

1:08:53
Não, isso não é nada
reconfortante.

1:08:56
Tínhamos uma na nossa família
que resultava muito melhor:

1:08:59
Era assim: "Querido Deus, por favor,
protege-nos dos monstros


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