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Marisa?
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Marisa! Caroline! Marisa!
Não sei que nome te chamar.
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Marisa.
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Não percebo. O que acabou de acontecer?
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O que não percebes? Eu sou a empregada.
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Então o que foi tudo isto? Uma aposta?
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"Um joguinho de quê, cace-o-hóspede?"
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Não. Eu estava experimentar a
roupa dela e tu chegaste...
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"...e convidaste-me
para sair, e tudo o resto..."
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E pensaste que tinhas de mentir
para me manter interessado?
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"Quem é que está a enganar quem, aqui?"
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Achas que tinhas reparado em mim
se soubesses que eu era a empregada?
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-Bem....
-Vá lá.
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"Com muito respeito quanto às
tuas políticas de bom coração,..."
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"-...acho que não, sr. deputado.
-Não me deste uma oportunidade."
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"Ergues-te em cima do teu caixote, julgando
tudo e todos, é óbvio que te julgam agora."
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E achas que eles não estão?
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"Vá lá. Metade do tempo, sou um
estereótipo do qual fazem troça."
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"A outra metade, sou invisível.
Se calhar é essa a intenção."
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"A primeira vez que me viste, eu estava a
limpar a tua casa-de-banho, só que não me viste."
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Era suposto apresentar-me enquanto
estava a urinar?
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-Não me podes culpar por causa disso.
-O que está a fazer?
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"Agora não, Jerry. Olha--"
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"-Vai.
-Já agora, também pode vender bilhetes."
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-Não me interessa.
-Interessa sim.
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-Não. Não. Não. Não.
-Marisa.
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Eu só quero a verdade.
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"Tudo bem, queres a verdade?"
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Parte de mim queria saber
como era...
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"...ter alguém como tu olhar
para mim do modo como olhaste, só por uma vez."
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E peço desculpa.
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De verdade.
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Se pudesse voltar atrás uma semana.
Voltava.
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Foi algo daquilo real?
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"Sim, foi real."
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Foi tão real que me fez pensar
como é que eu iria desistir de ti.