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Mas esperem, olhem, eu lhe mandei uma sobremesa.
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Uma sobremesa muito especial.
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Eu mesmo a escrevi.
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Começa tão simplesmente.
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Cada linha do programa...
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Cria um efeito novo, como poesia.
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Primeiro uma exaltação, calor, o coração dispara.
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Pode ver não é Neo?
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Ela não entende porquê...
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Será o vinho? Não.
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O que será então? Qual é a razão?
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Mas em breve isso não importa mais.
Em breve o porquê e a razão desaparecem.
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E tudo o que interessa é a sensação
por si própria.
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E essa é a natureza do universo.
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Nós lutamos contra isso, lutamos para o negar...
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Mas é claro uma pretensão, é tudo mentira.
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Por baixo de nossa calma aparência...
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A verdade é que estamos totalmente...
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Fora de controle.
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Causalidade. Não há como escapar dela.
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Somos escravos dela para sempre.
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Nossa esperança é tentar usar
alguns pedaços para entendê-la.
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Para entender porquê.
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O porquê é o que nos separa deles.
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Você, de mim.
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O porquê é a única fonte real de poder.
Sem isso vocês são impotentes.
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E é assim que vocês vêm até mim,
sem um porquê, sem poder.
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Outro elo na cadeia.
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Mas não temam, pelo que vi vocês
são competentes a cumprir ordens.