Alexander
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:10:06
O meu sangue é real,
descendo de Aquiles.

:10:08
E a mim corre nas veias
o de Héracles.

:10:10
Não passas de um bêbedo!
:10:12
Cala essa boca,
cadela de dez tetas de Hades,

:10:14
que deus devo amaldiçoar
por te ter conhecido?!

:10:18
Pensas que o povo te respeita,
:10:21
que não sabe dos teus bastardos?
:10:31
Maldita a tua alma de feiticeira,
:10:33
guarda-lo aqui no meio das
tuas cobras, e disse-te que não!

:10:37
- Irás obedecer-me.
- Não obedeço nada!

:10:41
Obedeces se não queres
que te mate com as minhas mãos.

:10:46
Não! Pára, pai!
:10:52
- Obedece!
- Majestade, não!

:10:57
Por todos os deuses...
:10:59
Ele nunca será teu.
:11:02
Nunca!
:11:04
No meu ventre carreguei
quem me vingará!

:11:13
Oito Anos Passados
:11:17
Naquele mundo em que nasceu
:11:19
creio ter sido na amizade que
Alexandre encontrou a sanidade.

:11:25
De pouco mais necessitais
para lutar;

:11:28
quando vos virdes
nas fileiras da frente,

:11:30
enfrentando uma tribo bárbara
do Norte,

:11:33
a coragem não te servirá
de forro ao estômago, Niarcos.

:11:38
É no coração que a encontrarás.
:11:41
Não terás de comer diariamente
ou até estares cheio, Ptolomeu.

:11:45
Nem tu, Cassandro, de passar
toda uma manhã na cama

:11:49
e comer uma boa sopa de feijão,
após uma noite de marcha forçada.

:11:53
Vá, Alexandre...
:11:55
Pensas que te respeitarão como rei
devido ao teu pai?


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