Alexander
anterior.
apresentar.
marcadores.
seguinte.

:10:01
Não me dobro e vergo como
os parasitas que te rodeiam,

:10:05
Hefaisto, Niarcos, Perdicas!
:10:08
Sendo governador de uma
das mais asiáticas das satrapias,

:10:13
não te ocorre que se
os meus súbditos persas

:10:17
se curvam perante mim é por
isso ser importante para eles?

:10:20
Vês-me insistir para que
os gregos façam o mesmo?

:10:23
Não aceitas oferendas gregas,
como filho de Zeus?

:10:29
Só quando são oferecidas.
:10:31
Então porque não recusas
estas vãs lisonjas?

:10:34
Onde há liberdade
em curvarmo-nos perante ti?

:10:36
Curvas-te perante Héracles
e ele era mortal.

:10:39
Mas um filho de Zeus.
:10:41
Tu, tão novo,
ousas comparar-te a Héracles?

:10:45
Porque não?
:10:49
Realizei mais em menos anos,
:10:51
viajei tão longe, se calhar mais...
:10:54
Héracles fê-lo sozinho!
:10:56
Conquistaste a Ásia sozinho,
Alexandre?

:11:00
Quem planeou a invasão,
não foi o teu pai?

:11:03
Ou o seu sangue já não chega?
:11:05
És Zeus-Ámon, agora?
:11:07
Insultas-me e zombas
da minha família; tem cuidado!

:11:11
O teu pai nunca teria feito
amizade com bárbaros

:11:15
ou pedido que nós lutássemos
com eles como iguais;

:11:17
será que já não prestamos?
:11:19
Ainda me lembro de podermos
falar como homens,

:11:23
de olhos nos olhos,
sem vénias e bajulações.

:11:28
E agora beija-los,
:11:31
tomas por esposa
uma bárbara estéril

:11:33
e ousas chamá-la rainha?
:11:38
Vai-te depressa, Cleitos,
antes que destruas a tua vida.

:11:45
O teu orgulho
já nem os deuses teme?

:11:49
Este exército é que é
o teu sangue, rapaz!

:11:53
Sem ele não és nada!
:11:59
Já não me és útil nesta marcha;
desaparece da minha vista!


anterior.
seguinte.